Pontos Turísticos de Firenze – Região 10: Basilica di Santa Maria del Carmine e Capela Brancacci
A igreja de Santa Maria del Carmine e o convento dos frades carmelitas, no bairro Oltrarno, é famosa por sediar os afrescos da Capela Brancacci, obra considerada introdutora do novo estilo renascentista na pintura italiana.
A 300 metros da Piazza Spirito Santo, a igreja dedicada a Nossa Senhora do Carmo foi construída em 1268 como parte de um convento carmelita ainda existente hoje. O complexo foi ampliado uma primeira vez em 1328, quando a cidade concedeu aos frades o uso do terreno adjacente e em 1464, com o novo salão e o refeitório.
Como muitas outras igrejas florentinas, foi renovada entre os séculos XVI e XVII, mas foi após um incêndio devastador de 1771 que ela foi totalmente reconstruída nos anos seguintes. Em julho de 1954, o Papa Pio XII elevou-a a classificação de “Basílica Menor”.
Até hoje, a fachada está inacabada (como outras grandes basílicas de Italia) e por isso apresenta-se ainda em pedras e tijolos.
No interior, decorado com pinturas até certo ponto ilusionistas, estão os confessionários e portas de nogueira que dão acesso ao claustro e a outras capelas fechadas do convento.
À direita, está a famosa Capela Brancacci, milagrosamente salva do fogo e poupada de uma reforma que iria destruí-la, graças à intervenção de um nobre florentino que se opunha fortemente a cobertura dos afrescos.
A relevância da Capela Brancacci é conhecida por ela guardar os famosos afrescos de Masaccio e Masolino (tidos como o ponto de partida do novo estilo renascentista na pintura italiana e posteriormente completados por Filippino Lippi), que foram estudados e admirados por gerações de grandes artistas florentinos, incluindo Michelangelo, que executou cópias das peças pintadas por Masaccio.
Além dela, se destacam a Cappella Maggiore (que abriga um altar monumental em mármore colorido, bronze e pedras preciosas) e a Capela Corsini (capela barroca dedicada ao santo da família Andrea Corsini, bispo de Fiesole no século XIV canonizado em 1629).
O grande complexo ao lado da igreja também foi ao longo dos séculos foco de numerosas destruições e reconstruções, incêndios, explosões e até da inundação de 1966, de modo que agora é difícil resgatar como deve ter sido seu projeto original; parece, contudo, que o complexo do Carmine nasceu como um convento ao qual foi anexada uma pequena igreja e só então o segundo prevaleceu sobre o primeiro.
Diversas ordens e fraternidades se instalaram no convento, sendo a mais conhecida a ordem de St. Agnes, composto por viúvas que faziam apresentações teatrais sacras atraindo centenas de espectadores de toda a cidade.
Por fim, o claustro, que remota ao final do século XVI, traz uma arquitetura interessante e uma serie de afrescos no Salão do Cenáculo (que deve o seu nome à monumental Última Ceia ali pintada), na Sala della Colonna e na Sala Vanni (segundo refeitório, utilizado hoje para concertos).
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